janeiro 28, 2014

Plenitude

Persianas do quarto fechadas mas não totalmente cerradas - um pouco de sol as perfura. Tu e eu deitados, agarrados um ao outro, timidamente iluminados. Abro os olhos e cheiro-te a pele quente do pescoço. Acaricio-te por debaixo da roupa... Deixo os meus dedos vaguear pelo teu peito, até que eles subitamente se lembram de um caminho situado mais em baixo... Dou-lhes total liberdade para o percorrer... Desafio-te a percorreres também os caminhos do meu corpo, também ele quente e pulsante, sedento do teu toque... E os teus e os meus se vão cruzando, formando um só, que nos há-de levar à plenitude de nós mesmos...

Prece

Que todos os nossos dias sejam dias em que olhemos um para o outro tal como se fosse a primeira vez em que nos olhámos quando já tínhamos a flecha no peito...