janeiro 20, 2017

Devagar

Os dias são todos iguais. Sei que o amanhã vai ser hoje. A chuva bate sempre da mesma maneira.
Quando há sol, rendo-me à luminoterapia: sento-me à frente dele e temos uma conversa sem palavras, dentro das minhas quatro paredes, que é para ninguém ouvir.
O sono vai-me fazendo a companhia necessária. As vontades, essas hibernam, tão ferradas que não as consigo acordar!...
No resto do que se vive está um frio de cortar o corpo.
Migalhas que não duram para o pão.
Gente constantemente inconstante.

Aqui morre-se devagar.