outubro 16, 2010

A Ressaca Emocional

A ressaca emocional é um fenómeno do foro psíquico que acontece com alguma frequência em elementos do sexo feminino.

O termo “ressaca” refere-se ao conjunto de sintomas que surgem num indivíduo depois de este se sujeitar a um tipo de dependência, nomeadamente álcool ou drogas. Tendo em conta que os relacionamentos afectivos em geral (sejam eles de longo prazo ou não) funcionam como uma espécie de droga para certas mulheres, e que obviamente interferem no estado emocional das mesmas, é fácil constatar a forma como este fenómeno ocorre, e quanto maior for a “dependência”, mais grave é a consequência.

No fundo a ressaca emocional é uma fase caracterizada por uma certa prostração e frustração quando o elemento feminino atravessa um momento fugaz de entrega afectiva e este é interrompido abruptamente por causas alheias à sua vontade. De tão intenso e arrebatador que esse momento se torna, a capacidade de resposta depois de ele ter acabado é, na maior parte dos casos, muito lenta e dolorosa (embora também dependa da forma como cada mulher lida com as suas próprias emoções).

O efeito que essa situação deixa é idêntico ao que acontece quando estamos a suster a nossa respiração por alguns instantes; fazemos um grande esforço até aguentarmos. Quando já não aguentamos mais, e a respiração volta ao normal, sentimo-nos como que cansados, exaustos, sem forças.

Assim sendo, a ressaca emocional apresenta os seguintes sintomas:


  • Falta de energia (prostração)

  • Tristeza, amargura

  • Sensação de vazio interior, como se nos tivessem sugado algo de profundo em termos emocionais

  • Sensação de “querer mais” (insatisfação)

  • Tendência para pensar somente nesse momento durante algum tempo, como se quiséssemos reter tudo o que restou dele

  • Sentimento de esperança para que se volte a repetir

  • Sentimento de culpa por não se ter feito algo para que durasse mais (frustração)

  • Sentimento de raiva/revolta nos casos em que o elemento masculino contribui para o fim repentino do acontecimento em causa.


Tal como foi subentendido anteriormente, o grau de recuperação depende daquilo que a experiência vivida representou para a mulher em questão. Contudo, deixa sempre marcas...

outubro 13, 2010

Assunção

"Pedi e recebereis"...
... Foi o que Vós tereis dito
Meu pedido então sabereis
Porque em Vós eu acredito.

Se enfim à Luz chegais
Escutai-me atentamente
Com meras palavras banais
Deixo falar minha mente

Peço verdade, não hipocrisia
Prefiro respeito a consideração
Espero amizade e não empatia
Quero afecto e não compaixão.

Tolerância é melhor que paciência
Por isso peço compreensão
Para que os males da consciência
Não me dominem o coração.

Antes haja uma forte presença
Do que simples companhia
E melhor lidarei com a dor
Quando fizer dela alegria

A tempestade que há em nós
Será convertida em bonança
Porque Fé é o nome que Vós
Tereis dado à Esperança.

Pois eis-me aqui então
Num estado de alma errante
Desejando que esta oração
Seja conforto constante.

Quem sabe, ao Céu chegarei
Se tal prenúncio estiver escrito
Ou na Terra procurarei
Um pouco mais de infinito.

Ignite Me

Ignite me! Ignite me, dear!
Ignite me loud, ignite me clear!
Do it when the sun leaves the day
And the dark has something to say...

This angel wants some demon's touch
Because heaven can do that much
Come and tear my body apart
Release the beast within my heart!

So please ignite my deepest will
That one I'm so eager to feel
Grab my soul and bite my skin
I'm just a saint who enjoys the sin...

I beg you now to change what's bitter
Into something so much sweeter...
There's no water for me to dive
I need this fire to keep me alive!

outubro 08, 2010

É Oficial...

Houve um momento de choque em todo o Cosmos!

As mais variadas estrelas da Via Láctea explodiram umas atrás das outras, deixando cair pingos de cor cintilantes que sobressaíam no vazio.

E pequenos cometas choveram, a toda a velocidade, feitos de milhares de partículas de diamante!

E a chuva deslizou sobre cascatas de arco-íris, que desaguavam em todos os prados verdejantes, repletos de flores que desabrochavam em uníssono, cantando a Natureza!

E os oceanos espelharam quilómetros de raios de luz vibrante vinda de todos os sóis e de todas as luas, como se de ouro e prata se tratassem!

Mil anjos moldaram as nuvens e decoraram-nas com rubis, safiras e esmeraldas em cadeia, colhidas do ventre da Terra...

Ouviram-se as mais perfeitas sinfonias alguma vez compostas, intercaladas com o canto dos pássaros que habitavam misteriosos bosques nunca antes explorados.

Borboletas esvoaçaram alegremente, transportando com elas os espíritos de todas as plantas...

Golfinhos dançaram sobre ondas de espuma branca e cristalina, soltando o seu doce silvo, acompanhando unicórnios em corrida desenfreada com destino ao infinito...

E choveram ainda mais cometas de diamantes e estrelas cadentes, que deixaram um rasto de fogo!

E o fogo iluminou os ares e os mares, montanhas e entranhas, unindo os opostos, comungando-os num mesmo propósito...

 

A TERRA MUDOU DE ROTAÇÃO!
E TUDO FINALMENTE SE TRANSFORMOU... E GANHOU SENTIDO!


FINALMENTE!

Somos Um

Eis-nos finalmente chegados ao momento solene. O momento sagrado. O momento pelo qual eu e tu esperávamos há tanto tempo.

Não há mais nada à nossa volta. Somente o extenso areal, as calmas ondas de um mar imenso, o sol que anseia por descanso, as flores que marcam o caminho que devemos percorrer, a brisa que eleva o seu perfume.
 
Não há mais ninguém. Somente tu, eu, a Mestra e o respeitoso e fiel Shanti, com um pequeno cesto pendurado no focinho. Sorrimos...

Tu estás de branco, mais belo do que alguma vez estiveste. Sentes-te leve, mais leve do que nunca. Eu estou de branco, as flores também marcam presença no meu cabelo, no meu corpo. Olhas para mim e dizes que sou linda. Ainda não acredito nisso. Aliás, eu não acredito em nada a não ser que estás ali comigo. E isso basta.

O Universo chama-nos. É ele a testemunha. A Mestra espera por nós, por isso vamos ao seu encontro. É ela que preside à cerimónia. 

O Shanti é chamado à sua função, e cumpre-a respeitosamente. Afinal, a ocasião é especial, e ele também sabe disso... Fazemos a troca. Olhamo-nos nos olhos, enquanto nos prendemos pelas mãos, os dedos deixam escapar uma força ansiosa. 

Os teus olhos brilham tanto... Tanto como eu nunca vi. Exploro o meu futuro dentro deles. O nosso futuro, porque não?

Tu dizes sim, eu digo sim. O horizonte nos contempla. E nós nos contemplamos um ao outro, sorrindo apenas, e sentindo algo a que eu arrisco chamar de felicidade.

Sob a aprovação da Mestra, os nossos lábios unem-se. Unem-se os lábios, de forma terna, juntamente com a roupa que nos cobre a pele arrepiada... A pele arrepiada que nos cobre a carne que descobriu uma razão para existir...

Eu sou Terra, tu és Ar.

As nossas auras se invadem e reluzem no esplendor que se havia perdido, gozando o conforto que ambas procuravam. As nossas almas completam-se. Agora sim, a tua não está mais sozinha. Está com a minha. 

Fizemos esse voto: tu serás em mim e eu em ti. Para lá de todas as coisas, de todos os sonhos. Para lá do tempo que se quer infinito. 

Agora sim, és livre. Agora sim, não há que ter medo ou angústia. Isso acabou. Finalmente se cumpriu. Tu encontraste-me. Eu te encontrei. E não nos perderemos mais.

Agora sim, somos Um. E naquele instante ficamos com a certeza de que o agora será para sempre...

Walking Alone...

...Still walking alone...
Trying to reach the volatile
Trying to break a heart of stone
And finally plant the seeds of a smile...

I never felt I had to stop
I even ask myself why
But I do walk for some reason;
The footsteps left behind cannot lie...

Even though I’m tired, I won’t crawl
I won’t submit my soul to despair
This path has been so hard and long
But I know it leads me somewhere...

Rain and thorns, they curse my way
I just let them pass me by
I’ll keep walking alone, and I pray
That soon I will have the chance to fly...

outubro 07, 2010

(Num certo dia, escrevi isto...)

Amo-te. Se não te amo, então estou lá perto... Pois não consigo definir o que sinto de outra forma. É tão forte, tão intenso, tão verdadeiro, que me é difícil mantê-lo fechado dentro do meu peito, para que ninguém saiba. Amo-te por aquilo que tu és, que podes vir a ser, por aquilo que eu ainda não descobri de ti, mas que posso vir a descobrir, se assim o quiseres... Eu quero! Amo os teus olhos quando se expressam com doçura. Amo os teus lábios, que eu já tive o privilégio de beijar, e nos quais gostaria de me perder para sempre... Amo a serenidade que transmites nas tuas palavras. Amo o teu corpo, esse corpo belo no qual me quero abrigar, essa pele que desejo ardentemente que se funda com a minha... Amo o teu andar calmo, a forma como às vezes me tocas, a forma como sorris. E eu sorrio ainda mais. Porque te amo. Te amo, te quero, te preciso... Preciso de te falar sobre tudo isto, mesmo que já to tenha dito (e mostrado) dezenas de vezes. Preciso que te acolhas na minha mão. Preciso de te proteger, de te fazer rir, de enxugar as tuas lágrimas. Preciso de te fazer feliz, e preciso que precises de mim para te sentires feliz também. Tudo isto escrevo, porque mais uma vez, te amo. E volto a escrever: amo-te! Não será isso o suficiente? Não sei o que hei-de fazer, porque tudo o que faço é amar-te. Talvez seja um exagero, porque ainda me falta conhecer tanto de ti... Mas quando conhecer esse tanto que falta, juro que nada vai mudar. Estarei sempre aqui, pronta a ouvir-te, mesmo que tu não queiras contar nada. Estarei presente, mesmo que não te apercebas disso. Porque amar é dar tudo de nós, mesmo que não recebamos nada em troca... E será que um dia me recompensarás? Será que um dia me amarás tanto como eu te amo?...

O Currículo do Meu Coração

Fazendo um breve resumo da minha experiência, digamos que a iniciei um pouco tarde, mais tarde do que realmente seria suposto. Antes disso procurei oportunidades em vários anúncios, e anúncios modestos, diga-se de passagem. Houve um mais significativo ao qual respondi e fiquei a aguardar pelo resultado, mas em vão. Mais tarde comecei finalmente a dar os primeiros passos!

Foi numa empresa pequena, daquelas que no príncipio prometem mundos e fundos aos candidatos e depois... Já se sabe, não cumprem nada! As funções que desempenhava só me traziam instabilidade, e tudo o que eu queria era algo seguro, sólido, algo que essa organização não me poderia dar, apesar de achar que podia. Aliás, a sua verdadeira visão era que eu devia dar mais e mais e mais de mim,  mas o que teria eu em troca? No entanto quis manter-me, a muito custo. Até que me despediram, após um ano e meio de serviço.  

Custou-me recuperar do choque, mas lá consegui, e passado um mês, arranjei outro trabalho; um pouco a medo, confesso, pois não queria que a má experiência passada se repetisse, mas se eu não arriscasse, também nunca iria saber no que dava! No entanto a adaptação foi tão boa que passados outros 5 meses decidi assinar um contrato. E este foi mais a sério. Trouxe-me mais responsabilidade, é certo,  contudo também gozei de mais regalias. Foi de facto um emprego bastante benéfico, com um óptimo rendimento, durante cerca de 3 anos – até que com o passar do tempo, este começou a baixar. Continuei a esforçar-me,  só que não havia retorno... Até que estagnou por completo, e achei que o melhor a fazer seria rescindir. E foi o que de facto fiz, até porque nesse meio-termo em que eu me demorei a decidir se havia de avançar ou não com a rescisão, apareceu uma vaga numa outra empresa, e talvez isso também tenha contribuído para a minha decisão.

Candidatei-me à vaga, já enviei muitos e-mails e cartas, e ainda continuo à espera da resposta. A vaga, no fundo, ainda está muito vaga. Mas desta vez sei que não será em vão.

outubro 04, 2010

Devaneios...

EU, TU... E...

- velas, muitas velas...

- fondue de chocolate

- uma mesa de snooker

- um bom house...

- comida oriental ou italiana

- a vila de Sintra (principalmente a Quinta da Regaleira)

- os assentos do VW (ou o capô)

- um chuveiro

- uma parede

- uma carpete macia

- o nascer ou o pôr-do-sol

- loção corporal

- uma praia

- um DVD

- uma sessão de Reiki

- um jardim

- um sofá

- uma cama...

- ...

- ...

- ...  sei lá que mais!

Devaneios... (parte II)

EU, TU... E...

- a chuva


- incenso

- o fogo de uma lareira

- um Haagen-Dazs (qualquer sabor serve)

- o Cabo Carvoeiro

- uma viagem de comboio

- o luar

- um passeio a cavalo

- uma tarde de sol

- um brinde à nossa

- uma manta quentinha

- um bar a meia-luz

- uma viagem de carro

- um abraço demorado

- uma planície verdejante

- sussurros ao ouvido
 
- a descoberta mútua do que os nossos sentidos encerram...

outubro 02, 2010

Eu Quero!!!

Eu quero!
Eu quero... Porque simplesmente eu quero!
Eu quero... Porque sou eu a querer!
Eu quero... Porque eu mereço!
E aquilo que eu mereço... É aquilo que eu quero!

Eu quero-te!
Quero-te, meu espaço!
Quero-te, meu bem-estar!
Quero-te, inspiração!
Quero fazer tudo para que aquilo que eu queira se torne realidade...

Quero-te aqui!
Quero-te comigo!
Quero que também me queiras...
Quero fazer tudo para que aquilo que tu queiras se torne realidade...
Desde que seja aquilo que eu queira também!

Quem tudo quer, tudo perde...
Mas quem tudo perde... tudo quer ganhar de novo

E querer não é perder...
Querer é poder
Querer é fazer
Querer é viver
Querer é sobretudo encontrar um sentido em tudo
E tudo o que eu quero faz sentido...

Se tu fazes sentido... Porque não havia de te querer?