A pastilha elástica, consumível de culto em tempos imortalizado num hit musical português, existe desde que os Homens se conhecem e se tratam por tu.
Vestida com invólucros brilhantes e apelativos, de fácil abertura, vende-se em diferentes tamanhos, cores e sabores. Algumas se escondem atrás de chupa-chupas e gelados, como que a quererem tornar-se difíceis de alcançar, e ver a deliciosa missão de se chegar a elas ser cumprida dá-lhes um certo gozo.
Tornou-se moda essa coisa das pastilhas elásticas sem açúcar - há que zelar pela saúde, principalmente a dentária -, no entanto em sua substituição prevalecem os artificiais edulcorantes, que ainda conseguem ser piores. Mesmo assim, isso não tira o interesse que se nutre por elas, essas gominhas que adoram passear em cavidades bucais, que as preenchem e se tornam tão flexíveis que dá para soprar e fazer balões daqueles que rebentam na cara, à laia de bomba inofensiva (ou até dentro da boca, conforme a apetência). Basta saber usar a língua.
Enquanto se vai mascando não se vai pensando em nada, reduz-se o stress do dia-a-dia e refresca-se o hálito. Vai-se mascando por vício, vai-se mascando para evitar privações de outros vícios. Vai-se mascando até elas endurecerem e se tornarem desagradáveis ao paladar, que entretanto se alegrava de tão adocicado… Chega portanto a hora de as cuspir e deitar fora, de as trocar por novas, remetendo-as numa questão de minutos à sua efemeridade, quer seja num falsamente digno caixote do lixo, quer seja na valeta de uma rua.
Ninguém disse que as pastilhas elásticas não tinham o direito a existir. Mas há que convir que tendo o estômago cheio, mais cedo ou mais tarde elas acabam por criar uma certa sensação de fome. Por outro lado, se estiver vazio, não são elas que a vão matar. E se há coisa que a fome não gosta, é de ser enganada.
Vestida com invólucros brilhantes e apelativos, de fácil abertura, vende-se em diferentes tamanhos, cores e sabores. Algumas se escondem atrás de chupa-chupas e gelados, como que a quererem tornar-se difíceis de alcançar, e ver a deliciosa missão de se chegar a elas ser cumprida dá-lhes um certo gozo.
Tornou-se moda essa coisa das pastilhas elásticas sem açúcar - há que zelar pela saúde, principalmente a dentária -, no entanto em sua substituição prevalecem os artificiais edulcorantes, que ainda conseguem ser piores. Mesmo assim, isso não tira o interesse que se nutre por elas, essas gominhas que adoram passear em cavidades bucais, que as preenchem e se tornam tão flexíveis que dá para soprar e fazer balões daqueles que rebentam na cara, à laia de bomba inofensiva (ou até dentro da boca, conforme a apetência). Basta saber usar a língua.
Enquanto se vai mascando não se vai pensando em nada, reduz-se o stress do dia-a-dia e refresca-se o hálito. Vai-se mascando por vício, vai-se mascando para evitar privações de outros vícios. Vai-se mascando até elas endurecerem e se tornarem desagradáveis ao paladar, que entretanto se alegrava de tão adocicado… Chega portanto a hora de as cuspir e deitar fora, de as trocar por novas, remetendo-as numa questão de minutos à sua efemeridade, quer seja num falsamente digno caixote do lixo, quer seja na valeta de uma rua.
Ninguém disse que as pastilhas elásticas não tinham o direito a existir. Mas há que convir que tendo o estômago cheio, mais cedo ou mais tarde elas acabam por criar uma certa sensação de fome. Por outro lado, se estiver vazio, não são elas que a vão matar. E se há coisa que a fome não gosta, é de ser enganada.
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