Uma
mulher amada é um dos mais interessantes conceitos. Ela não é nascida há muito
tempo, no seu tempo, como se supõe; ela só nasce depois de amada. Ou melhor,
renasce. E quando o faz, se permite possuir um privilégio único: para cada mil
defeitos, prevalece ainda mais forte uma virtude.
Uma
mulher amada desenvolve o dom da ubiquidade: consegue estar na casa onde
habita, e ao mesmo tempo ocupar aquela que lhe pertence por direito dentro de
alguém. Consegue ainda transformar qualquer reflexo da sua imagem no mais belo
de todos, embora na verdade não precise de se olhar ao espelho. Uma mulher
amada não precisa de espelhos ou outras coisas fúteis.
Uma
mulher amada não precisa de aprovações. Nem de juízos ou razões. Principalmente
de razões para ser amada. Aquilo que faz dela o que ela é não é tido nem achado
na complexidade da mente. Uma mente mente mais do que um coração.
E o
coração de uma mulher amada é um pássaro em pleno vôo, sem medo de ser abatido;
ter tocado o céu já fez valer a pena a viagem.
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