Contorço-me
Vinco os dentes no punho
Para não gritar
Como se fosse tua a mão
A puxar-me para um vale
Onde era suposto nos perdermos
Cerro os olhos
Suportando abnegada
A sensação que me invade
Sufocando o rosto nos cabelos
Que outrora te cobriam de tão longos
De tão lânguidos quanto o calor que nos exalava
Afinal só sou eu agora; cedo me apercebo
O ventre, o peito, o punho
Tudo fica frio e apodrece
Na mais injusta das sepulturas.