Já que chegaste até aqui, coloca-te em frente a mim.
Fecha os olhos...
Respira bem fundo...
E sente apenas a ponta dos meus dedos
Percorrendo-te delicadamente
Quase sem te tocar...
Fecho os olhos
Vejo que te arrepias
E que a luz que trazes contigo brilha ainda mais...
Não precisas de falar
Eu consigo ouvir o que tens para dizer...
Consigo ver os golpes que outrora alguém desferiu.
(Eu também os tive...)
E aqui estás tu, tão vulnerável perante mim.
Mas és tão belo. És tão tudo.
E no fundo te achas nada...
Contemplo-te como se o tempo não mais existisse
E o espaço se desvanecesse.
Coloco a mão sobre o teu peito; o teu coração palpita
E eu quero chegar até lá.
Quero tanto...
Deixa-me chegar até lá. Deixa-me entrar.
Deixa-me curar-te, libertar-te de todos os fardos...
Não sofrerás, eu prometo.
Mas chora, se assim quiseres...
Eu te darei o meu ombro, o meu conforto
A minha compaixão.
Eu te compreendo, embora não queiras compreender isso.
Tens medo, mas nada há que temer.
Tens-me aqui.
Tens-me a mim...
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