Eu tenho um mundo pequeno, tão pequenino, tão
meu. Tu tens um mundo pequeno, tão pequenino, tão teu. E entre esses
dois mundos, tão pequeninos e tão nossos, existe uma ponte, igualmente
nossa. Muito nossa, e ainda mais pequenina, que ambos nos
atrevemos a construir - tudo em prol da evolução desses mesmos mundos.
Isto porque essa ponte nos permite partilhar o que de melhor há neles.
Todos os dias lá nos encontramos, a meio da dita ponte... Eu trago o
melhor que há no meu mundo para te mostrar, e tu trazes o melhor do teu
para me mostrares... E ambos ficamos encantados com tudo o que esses
nossos mundos pequeninos têm para oferecer um ao outro, e isso os
engrandece e os enriquece... E lá está, os faz evoluir.
Naquele dia, como de costume, agarrei mais uma vez num pedaço do meu mundo e fui até ao teu encontro, a meio da ponte. Não estavas lá - devias ter-te atrasado, provavelmente a escolher o teu pedaço para trazeres. Mas eu esperei por ti, pacientemente. E nunca mais aparecias... Esperei mais um pouco, e esse pouco transformou-se em muito, e nada. Não apareceste. De súbito, fiquei com a impressão de que a ponte tinha aumentado de tamanho, como se ganhasse quilómetros e quilómetros, e eles nos estivessem a separar. Por mais que eu esforçasse a minha visão, não te conseguia ver lá ao fundo. Por mais que eu corresse, não conseguia chegar até ti.
Tudo o que eu queria era viver um pouco no teu mundo... E deixar que tu vivesses no meu, e o mudasses; que te tornasses tu próprio na sua evolução. E eu, habitando no teu, faria a minha parte também.
Tenho para mim que, na génese de todas as coisas, os nossos pequenos mundos eram um só, e que por razões que não se encontram ao alcançe do nosso raciocínio, se separaram, dando origem a dois. Com esta troca que sugiro, julgo com toda a certeza que voltariam a fundir-se. E aí já não seria necessário haver uma ponte que os ligasse.
A propósito, ainda lá estou, bem no meio, aguardando a tua chegada. Com todo aquele pedaço do meu mundo, pronto a tornar-se teu.
Naquele dia, como de costume, agarrei mais uma vez num pedaço do meu mundo e fui até ao teu encontro, a meio da ponte. Não estavas lá - devias ter-te atrasado, provavelmente a escolher o teu pedaço para trazeres. Mas eu esperei por ti, pacientemente. E nunca mais aparecias... Esperei mais um pouco, e esse pouco transformou-se em muito, e nada. Não apareceste. De súbito, fiquei com a impressão de que a ponte tinha aumentado de tamanho, como se ganhasse quilómetros e quilómetros, e eles nos estivessem a separar. Por mais que eu esforçasse a minha visão, não te conseguia ver lá ao fundo. Por mais que eu corresse, não conseguia chegar até ti.
Tudo o que eu queria era viver um pouco no teu mundo... E deixar que tu vivesses no meu, e o mudasses; que te tornasses tu próprio na sua evolução. E eu, habitando no teu, faria a minha parte também.
Tenho para mim que, na génese de todas as coisas, os nossos pequenos mundos eram um só, e que por razões que não se encontram ao alcançe do nosso raciocínio, se separaram, dando origem a dois. Com esta troca que sugiro, julgo com toda a certeza que voltariam a fundir-se. E aí já não seria necessário haver uma ponte que os ligasse.
A propósito, ainda lá estou, bem no meio, aguardando a tua chegada. Com todo aquele pedaço do meu mundo, pronto a tornar-se teu.
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