Nós
existimos para o mundo, mas sobretudo existimos um para o outro, como
se a realidade que ousamos viver lá fora fosse uma obrigação,
contrastando com o prazer que sentimos em viver a nossa. De vez em
quando fazemos uma pausa - o mais pequena possível - na nossa existência
particular, e espreitamos o que se passa lá fora, através da janela que
ambos criámos.
Tu sugeriste: "Vamos ver como está o mundo lá fora?", ao que eu respondi que sim. Abrimos então a nossa janela e espreitamos. Constatamos que tudo permanece igual, enquanto que, no lado de dentro, tudo vai evoluindo na ordem correcta; nós estamos justamente onde deveríamos estar, quando deveríamos estar e como deveríamos estar. Completos, íntegros, simplesmente nós.
Ao mesmo tempo, o tal mundo paralelo, chato, cinzento, mesquinho, ao qual nos recusamos a pertencer, apodrece, definha, sem nunca conhecer a noção do quão diferente e belo poderia ser se estivesse como o lado de cá da janela. Mas lá no fundo, ainda bem que não conhece... Pelo menos acabaremos os nossos dias orgulhosos de termos mantido a nossa realidade justamente como deveria ser: só nossa.
Tu sugeriste: "Vamos ver como está o mundo lá fora?", ao que eu respondi que sim. Abrimos então a nossa janela e espreitamos. Constatamos que tudo permanece igual, enquanto que, no lado de dentro, tudo vai evoluindo na ordem correcta; nós estamos justamente onde deveríamos estar, quando deveríamos estar e como deveríamos estar. Completos, íntegros, simplesmente nós.
Ao mesmo tempo, o tal mundo paralelo, chato, cinzento, mesquinho, ao qual nos recusamos a pertencer, apodrece, definha, sem nunca conhecer a noção do quão diferente e belo poderia ser se estivesse como o lado de cá da janela. Mas lá no fundo, ainda bem que não conhece... Pelo menos acabaremos os nossos dias orgulhosos de termos mantido a nossa realidade justamente como deveria ser: só nossa.
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