Vou de viagem em breve. E por isso fiz uma
lista das coisas que vou levar, para não me esquecer de nada. Primeiro
que tudo, vou levar uma bússola daquelas modernas, e irei para onde ela
me apontar. Vou levar paz e amor espelhados em tinta acrílica.
Vou levar sensualidade nocturna fechada num frasco, daquelas bem
cheirosas. Vou levar fogo solto no cabelo qual fénix, leveza nos pés
qual Ícaro, sede de maresia e fome de verde. Vou levar “riffs” de
guitarra delirantes nos ouvidos, calor terno nos braços, curiosidade nos
olhos e amabilidade nos lábios. Vou levar um dragão ao ombro e a minha
estrela mágica de estimação ao peito. Vou levar padrões de cornucópias,
de flores esvoaçantes e outros que tais a preto e branco. Vou levar a
delicadeza e malícia de cetim e renda. Vou levar uma noite
mal-dormida... E ponteiros demasiado vagarosos no pulso, contrastando
com pulsações demasiado velozes... Vou levar alguma ansiedade e
nervosismo, mas nada que o momento não exija... Vou levar a serenidade e
a racionalidade de sempre, de mãos dadas com a emoção e o sentimento.
Vou levar a verdade e a consequência, languidez e vivacidade, o oito e o
oitenta que me compõem. Vou levar a preguiça, a luxúria, a gula e
deixar para trás as quatro restantes companheiras que faltam... São
dispensáveis...
Bom, penso que está tudo. Ah! Entretanto lembrei-me: para me entreter durante o percurso, vou levar um “puzzle” que está por montar, e que ainda não montei porque creio que falta ali uma peça. Parto com a esperança de conseguir encontrá-la numa loja de “souvenirs”.
Bom, penso que está tudo. Ah! Entretanto lembrei-me: para me entreter durante o percurso, vou levar um “puzzle” que está por montar, e que ainda não montei porque creio que falta ali uma peça. Parto com a esperança de conseguir encontrá-la numa loja de “souvenirs”.
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